sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Nome

"Conheces o nome que te dão, não conheces o nome que tens." (José Saramago, Todos os Nomes)

Um nome, nada mais do que uma forma de me chamarem, de reconhecerem ou não, uma forma de indetificação em concreto. Um nome, e nada mais. Algo que não escolhemos, algo que podemos mudar por razões estéticas, algo que é tão desnecessário que muitas das vezes é esquecido.
De facto não conheço o nome que tenho, e nem quero conhecer. O nome que me dão é Maria, e nem sei bem porquê. Um nome tão usal, tão antigo, tão banal, um nome assim não pode ser meu, não pode nem quero. O nome que tenho? Não sei, mas é algo intrigante que me matuta a cabeça todos os dias. Não há um dia em que não pergunte "quem sou eu?" e no entanto a resposta nunca chegará a tempo. Seja como for, a decoberta do meu nome não passará de uma jogada súbtil para me entender a mim mesma, e se a jogada não for essa será outra, não há problema.
Um nome, e nada mais que isso.

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