quarta-feira, 14 de julho de 2010

Mood

Um ligeiro sopro na alma. O maior prazer doentio de que se pode ter conhecimento. A recolha, o guardar, o absorver de todos os estados. A precisão da intuição, o dissabor do pensamento. Uma necessidade mútua de batalha, o cheque-mate como primeiro passo.
Auto-conhecimento. Reflexão dispensável dissimulada por toda uma camuflagem maior. Dedução, o perigo. Atentados à sanidade mental como cura para todos os males. Inevitável. Disparo sem pólvora sobre corações em chama, corridas contra o tempo assumidas.
Serenidade, o desconhecido. O outro lado, o reverso, a face negra. Guerra constante entre chegadas e partidas de emoções, a procura incansável de quem não se contenta com pouco. Simplicidade. Dois corpos despidos de razão, o toque reinventado. Aprofundamento de teorias e questões, busca inútil de respostas.
Contra-natura. Força indomável, rasteira para o coração. O renascer, noites desejando ser dias. O sopro crescente na alma.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Inominável

Infinitas descrições possíveis, as palavras armazenadas como registo nostálgico. A incerteza, a insegurança, a nossa chegada tão longínqua. A presença imprescindível, uma força cósmica. Conhecimento exacto e inconcreto, o exame minucioso do silêncio. A necessidade do teu bem-estar, a análise mais profunda dos sentidos.
Desconhecimento da causa, sentimento proveniente da acção. Efeito borboleta, o meu ópio. Estranha convicção escondida, o discurso metafórico como refúgio. A soma simples de estados semelhantes, a aparência real.
Simulação evidente de desconhecimento. Uma atitude muito própria, carácter dissolúvel na alma. Toda a tua singularidade, a singeleza deste novo amanhecer, a sincera emoção. Infinitas descrições possíveis, uma só maneira de sentir.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Genuíno

Um sonho agitado. A ressonância profunda do sopro irracional. O embaraço momentâneo, o prazer deixado à margem. O tempo esvaziado pelo eco paradoxal. A dicotomia dos seres nocturnos, a garantia da essência efémera. Uma passagem tão forte, marcada pelas ausências, os trilhos determinados pelo pensamento.
A vontade inóspita de prosseguir, a genuinidade da alma. Pura crueldade vendida a viajantes do tempo. Sinais como respostas, perguntas como conhecimento, a verdade escondida nas entre-linhas. O abandono, afogamento, o sufoco das palavras.
Profundo estado de descoberta, o retorno da inocência. A necessária ignorância como meio para atingir a cova mais profunda. O enterro.