domingo, 8 de fevereiro de 2009

D'oiro

Sempre considerei tudo prateado, nunca gostei muito do amarelo que teima em brilhar.
Poli todas as faces possíveis, e insisti em limar todas as arestas para que a peça fosse suficientemente boa para meu consolo. Serrei sempre na vertical, não queria que fosse um objecto barato; perfurei cuidadosamente a chapa de metal para que não se levantassem grandes poeiras; soldei com paciência até ficar laranja mas não em demasia, não podia fundir fosse o que fosse.
Hoje, depois de ter a peça terminada, depois de longos dias afundados em bancadas inseguras, depois de ter as mãos calejadas e o corpo suado, deparo-me com uma inquietante situação: por mais que tente, nenhuma peça estará à altura do meu perfeccionismo.

Stay gold.

1 comentário:

Anónimo disse...

sem dúvida o melhor que fizeste até agora ... estou sem palavras, é orgulho.