segunda-feira, 2 de agosto de 2010

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Desafio constantemente o ser só para conseguir mais tempo para absorver todos os fragmentos de luz. Como uma rotina imprevista, uma reflexão de longos e sábios pensamentos, este sentimento cresce; cresce tanto que por vezes sinto-me incapaz de abraçar tamanha emoção. Um prazer mútuo estampado na alma, uma conjunção de palavras sopradas na brisa matinal que arrefece a pele nua.
Despidos de vaidades, frente-a-frente, como se fossemos capazes de nos enfrentar a nós mesmos. O retorno à emoção primitiva, o travo incapaz de se soltar da minha boca. Uma calma parente que nos faz querer mais. O regresso a nós como seres rendidos ao prazer. O não querer conhecer outra coisa, o não querer despir outro corpo senão o teu.
Voltar a mim, contigo já dentro. Saudade, quase tão grande como a paixão. Desconhecer a razão, o entendimento, e ainda assim apaixonar-me constantemente por ti.
Renovar laços, criar expectativas, crescer lentamente com inteligência. Poesia deixada como marco na tua janela, o alcançar de um novo estado.

"Viajar é perder identidade."

1 comentário:

M& disse...

foto super gira maria :)