sexta-feira, 7 de maio de 2010

Tardio

Libertação. O amanhecer tardio, a luz escura nos teus olhos.
Crianças insanas a correm no pátio, a droga viciante a ressoar no teu sistema.
São falsos ecos que dás a conhecer, costumes sociais, ritos nocturnos. Ela sorri porque te julga melhor; tu abandonas o fogo porque pensas nela. Brincadeira doentia esse teu jeito de captura.
Bang.
Bang.
Atingido no centro dos miolos. A verdade despida. Ela encontra-te no mato, onde andas tu, pobre raptor? Onde andas tu?
O anel de fogo a trespassar as magras mãos, a transparência da água no seu rosto.
O sol. O sol no seu expoente máximo.
A magia do ciclo a assombrar-nos, a partilha insegura.
O risco do seu riso louco, a ironia do seu controlo. A razão esmagada sabiamente, o seu poder descoberto.

Sem comentários: