quarta-feira, 19 de maio de 2010

Ecos

Um profundo estado de contemplação. Um aperto aconchegado contra a alma. Os sentimentos irracionais no seu estado mais puro enquanto te observo; essa estrutura humilde ao seu mais alto nível - o meu desejo. Um desentendimento constante entre o querer e o poder, uma sabedoria infinita nos teus olhos.
Crepitar doentio, o fogo a arder perante nós; eufemismos utilizados só para tentar aguentar a saudade. A voz dócil entre os meus braços, um ser, todo ele repleto de esconderijos entre a minha razão. A oposição dos corpos, a atracção inevitável pelo teu poder magnetizante. O movimento do teu sopro, eco tímido em mim.
A conservação da ironia como refúgio garantido, o medo constante. A agradável loucura do riso, as magras mãos a perfurarem a alma. Um tempo inconcreto com um desejo certo.

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