sábado, 29 de maio de 2010

Infinity

Lânguidos. Estendidos sobre a pureza da alma, rendidos aos cristais reluzentes. O aroma mais forte que nunca; a melancolia inevitável. Toque púrpura, o olhar traído. A luz desfeita, o sonho recuperado; um estranho estado apaziguador, o peso dos corpos sobre o branco. A saudade inerente sobre todo o ser, cair da noite, a voz muda, crescente palpitação, a falta de fôlego, a ternura do momento, a chegada.

[Este crescente sentimento...Medo, e ainda nem começou.]

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Ecos

Um profundo estado de contemplação. Um aperto aconchegado contra a alma. Os sentimentos irracionais no seu estado mais puro enquanto te observo; essa estrutura humilde ao seu mais alto nível - o meu desejo. Um desentendimento constante entre o querer e o poder, uma sabedoria infinita nos teus olhos.
Crepitar doentio, o fogo a arder perante nós; eufemismos utilizados só para tentar aguentar a saudade. A voz dócil entre os meus braços, um ser, todo ele repleto de esconderijos entre a minha razão. A oposição dos corpos, a atracção inevitável pelo teu poder magnetizante. O movimento do teu sopro, eco tímido em mim.
A conservação da ironia como refúgio garantido, o medo constante. A agradável loucura do riso, as magras mãos a perfurarem a alma. Um tempo inconcreto com um desejo certo.

domingo, 16 de maio de 2010

Luz?

A luz consegue ser tão traiçoeira quanto as sombras e ainda assim caminhamos em direcção a um caminho supostamente iluminado.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Tardio

Libertação. O amanhecer tardio, a luz escura nos teus olhos.
Crianças insanas a correm no pátio, a droga viciante a ressoar no teu sistema.
São falsos ecos que dás a conhecer, costumes sociais, ritos nocturnos. Ela sorri porque te julga melhor; tu abandonas o fogo porque pensas nela. Brincadeira doentia esse teu jeito de captura.
Bang.
Bang.
Atingido no centro dos miolos. A verdade despida. Ela encontra-te no mato, onde andas tu, pobre raptor? Onde andas tu?
O anel de fogo a trespassar as magras mãos, a transparência da água no seu rosto.
O sol. O sol no seu expoente máximo.
A magia do ciclo a assombrar-nos, a partilha insegura.
O risco do seu riso louco, a ironia do seu controlo. A razão esmagada sabiamente, o seu poder descoberto.