terça-feira, 28 de julho de 2009

Maria João

Ela já me cansa, sempre com a sua dupla faceta e o seu duplo pensamento. Sempre tão calculista e ao mesmo tempo tão desnaturada. São dois pólos que se atraem sem nunca antes se terem visto e ainda assim se completam erradamente.
De uma ponta observo a Maria, sempre tão afável e requintada. Como um porto de abrigo sem braços ou um humilde ponto de referência. Ela pensa em acultaramento e geometria e gosta da estética das coisas. O seu interior é profundo, mas não muito fundo pois consigo ouvir todas as palavras que lá caem.
Na outra vertente observo João: frenética tentativa de loucura. Com umas manias obsessivas, uma irritação constante e um pragmatismo insistente. O seu coração é a boca e gosta de usar as palavras. Gosta do nada e pensa em filosofias controversas. Puro excentricismo do ser.

E por fim, ela disse: "És tão imperfeita nessa tua perfeição."

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