sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Old but actual

Retorno à doce floresta,
Viagem preciosa.
As mãos dela acompanham todo o jogo de cintura.
Crepitar doentio,
Nunca a lua esteve tão próxima.

Os teus olhos fugiram meu amor.
A tua inocência é deles.
Completamente perdida.

Sem o saberes, devolves-me o teu riso.
A tua cabeça pesa-te,
A ignorância não tem preço.

O maior erro é fingir metaforicamente.
Um dia destes eles vão saber,
Não há escapatória!

Mostra-me o que queres das árvores,
Colhe todos os frutos sem permissão.
O amanhecer anuncia-se,
Os teus olhos fecham lentamente para que eu possa observar a passagem.

Gostava mesmo de poder ficar.

Os teus braços afundam-se no corpo
E a tua cabeça deixa-se cair.
Não precisas de ter medo,
O cristal está a salvo.
Um céu carregado de nuvens,
Meia-dúzia de estrangeiros.
É o tempo.
É do tempo.

Maldito possuidor de tudo!
Puro egoísmo, inveja crua
Representada em ti.

Não te quero conhecer de outra forma meu amor.
Não te reconheceria de outra maneira.

As tuas lágrimas nostálgicas nas minhas mãos.
A rua sempre tão nossa,
Sempre tão deles.
Estrada fora,
Boleia de um estranho conhecido.
Adormeces.
Porque a dormir és mais tu e menos eles.
Próxima paragem:

O lago.



Fica. Não precisas de acordar.

[É do tempo. Sempre dele.]



(há tempos, em dias cinzentos e repletos de saudades...)

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