domingo, 13 de junho de 2010

#1

Discreta e mutuamente, abraço constelações como recompensa. Tento impedir os movimentos mais rápidos mas eles já chegaram até mim. Divago embriagada na minha loucura até me aborrecer, tentativa frustrada de pensamento. Aprendo rapidamente o compasso e provoco arriscadamente a minha demência. Sanidade inútil, restrição da alma.
Exposta a uma luz tão forte encontro-me totalmente desprotegida. Caçada pela armadilha mais simples, torno-me na presa mais complexa. O intuito com que continuo permite-me alcançar alguma calma aparente. Empreender esta frágil estrutura é a acção mais perigosa que consigo conceber.
Vou recolhendo todos os vestígios de uma possível guerra, alimentando toda esta visão ferida provocada pelos pequenos cristais. A ignorância, agora também ela usando uma máscara doentia, é apenas a certeza que ainda tenho muito a percorrer.

1 comentário:

MC disse...

Votos de um caminho "constrelado"!!

Um beijo. Gostei de a ter "seguido". E espero que continue!!

MC