terça-feira, 6 de setembro de 2011
Laços
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Regresso
Depois de uma possessão tão carnal,
Depois de tantas palavras dispersas,
Depois de tantas lavagens cerebrais,
A alma alarmante e possessiva,
A criança amante e amada,
Volta, ou tenta, às suas origens.
Peço que aplaudam este acto de coragem
E voem com ela à terra do nunca.
Não é de todo fácil
Controlar de novo o poder da palavra
Mas a mudez já se apoderou em demasia
Dos sentimentos.
Assim sendo,
Como ficou prometido aos demais,
JJ está de volta
E com ela alguns pensamentos transeuntes.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Suícidio tecnológico
Encontra-se por momentos, instantes prolongados, temporalidades indefinidas,
Encerrado ou fechado para uma hibernação optativa do Eu.
Quero desde mais informar que o regresso será feito com pompa e circustância,
Que o número reduzido mas importante de leitores não será de forma alguma desvalorizado e por isso mesmo, atentamente, deixo esta nota em sua fraca memória.
A nostalgia que sentirei acerca deste espaço tecnológico em que por meios virtuais me desabo em mim mesma, será pouco.
Adoptei meios tradicionais e convencionais e mais verdadeiros para de alguma forma me exprimir,
Tendo em conta sempre as palavras soltas. Sempre as palavras. Soltas.
Aos demais, um grande e sincero abraço.
Perdão, aos demais um grande e sincero palavrão: amor.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Be
E agora, depois de tanto girarem os ponteiros do relógio, depois de todas as palavras serem debitadas directamente no recanto mais íntimo do corpo, recorda e deposita as tuas entranhas minha na alma.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Old but actual
Retorno à doce floresta,
Viagem preciosa.
As mãos dela acompanham todo o jogo de cintura.
Crepitar doentio,
Nunca a lua esteve tão próxima.
Os teus olhos fugiram meu amor.
A tua inocência é deles.
Completamente perdida.
Sem o saberes, devolves-me o teu riso.
A tua cabeça pesa-te,
A ignorância não tem preço.
O maior erro é fingir metaforicamente.
Um dia destes eles vão saber,
Não há escapatória!
Mostra-me o que queres das árvores,
Colhe todos os frutos sem permissão.
O amanhecer anuncia-se,
Os teus olhos fecham lentamente para que eu possa observar a passagem.
Gostava mesmo de poder ficar.
Os teus braços afundam-se no corpo
E a tua cabeça deixa-se cair.
Não precisas de ter medo,
O cristal está a salvo.
Um céu carregado de nuvens,
Meia-dúzia de estrangeiros.
É o tempo.
É do tempo.
Maldito possuidor de tudo!
Puro egoísmo, inveja crua
Representada em ti.
Não te quero conhecer de outra forma meu amor.
Não te reconheceria de outra maneira.
As tuas lágrimas nostálgicas nas minhas mãos.
A rua sempre tão nossa,
Sempre tão deles.
Estrada fora,
Boleia de um estranho conhecido.
Adormeces.
Porque a dormir és mais tu e menos eles.
Próxima paragem:
O lago.
Fica. Não precisas de acordar.
[É do tempo. Sempre dele.]
(há tempos, em dias cinzentos e repletos de saudades...)
sábado, 11 de setembro de 2010
Deep
Nunca antes tinha descrito um compasso tão ritmado, com tantos silêncios, com tantas oscilações entre graves e agudos, entre estados antagónicos provenientes de um só instrumento. Nunca a paixão foi tão profunda, tão carnal, tão sincera. Não tenho memória sequer de algo tão envolvente, tão consumante, tão natural.
O tempo, o maldito factor que finalmente não apresenta qualquer relevância, só me diz o quão especial é toda esta emoção que se vai revelando entre disparos de balas sem pólvora. O crescimento diário do aperto no peito relembra-me todas as disposições da alma que se rendeu a um novo encanto. Todas as lembranças, conservadas no refúgio mais íntimo que te dou a conhecer, alimentam as saudades despidas de embaraços.
Não me lembro definitivamente de algo tão marcante, tão vivido, sem falhas intelectuais. Há quem lhe chame sorte, há quem se orgulhe, há quem guarde tudo em si. Limito-me a fazer de tudo isso um pouco e acima de tudo, limito-me a sentir o teu lado mais virgem.